O volume de sinistros mostra a importância do seguro.
O volume de pedidos de indenizações de seguros relacionados às enchentes no Rio Grande do Sul superou a marca de R$ 6 bilhões, conforme o mais recente levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Entre 31 de junho e 20 de setembro, o total de pedidos cresceu quase 8%, adicionando R$ 435 milhões ao valor divulgado anteriormente em agosto, quando as indenizações somavam R$ 5,6 bilhões.
O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, destacou que o crescimento mais moderado nos pedidos de indenização ocorre porque "a maioria das solicitações já foi realizada". Oliveira acrescenta que, embora as apurações de valores em seguros de Grandes Riscos possam demorar mais, os pagamentos em outros ramos já foram quase todos efetuados. Ele também estima que, dependendo das novas solicitações, principalmente relacionadas a Grandes Riscos, as indenizações podem ultrapassar R$ 8 bilhões, superando os R$ 7 bilhões pagos durante a pandemia de Covid-19.
GRANDES RISCOS - Os seguros de Grandes Riscos, que incluem coberturas complexas como perdas de receita de empresas e danos em indústrias, demandam mais tempo para serem quantificados devido à complexidade das apurações. "Alguns danos só podem ser calculados após a desmontagem de uma planta industrial, por exemplo", explicou Oliveira.
Desde o início de maio, as seguradoras registraram 57.946 avisos de sinistro. O número de pedidos relacionados aos seguros de Automóveis e Agrícolas permaneceu estável, com 18.086 e 2.109 solicitações, respectivamente. No entanto, os seguros Residencial e Habitacional registraram o maior crescimento em quantidade de pedidos, passando de 28.898 em julho para 29.783 em setembro.
Em termos absolutos, os seguros de Grandes Riscos continuam a liderar em volume de indenizações, com um aumento de R$ 393 milhões desde o último levantamento, totalizando mais de R$ 3,2 bilhões. Até o momento, 822 sinistros foram registrados nessa categoria.
Outras modalidades de seguro, como Empresarial, Transporte, Riscos Diversos e Riscos de Engenharia, tiveram baixa variação, com 7.147 ocorrências reportadas, totalizando R$ 821 milhões em pagamentos.