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Pesquisa mostra que 82% da população ainda não tem seguro de vida

Mesmo com o crescimento do setor, a maioria dos brasileiros segue sem um dos seguros mais importantes.

Da Redação
Grande parcela da população ainda não tem seguro de vida.

Grande parcela da população ainda não tem seguro de vida.

A proteção financeira ainda não faz parte da realidade da maior parte dos brasileiros. Segundo a pesquisa Fenaprevi/DataFolha de 2024, 82% da população acima de 18 anos não possui seguro de vida, evidenciando um grande déficit de cobertura securitária no país. 

EXPANSÃO - Enquanto isso, o mercado de seguros de pessoas segue em expansão: no ano passado, o setor arrecadou R$ 72,7 bilhões em prêmios, um crescimento de 16,2% em relação a 2023, conforme dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Os seguros que mais impulsionaram esse aumento foram o Vida Individual, com crescimento de 21,5%, e o Prestamista, que avançou 21,3%. Além disso, o seguro de Acidentes Pessoais teve alta de 18,0%. No total, os seguros de Vida (individual e coletivo) responderam por 47% da arrecadação, enquanto o Prestamista ficou com 28%, e Acidentes Pessoais, 13%.

“Mesmo com os bons resultados, o Brasil ainda tem um longo caminho para ampliar a proteção securitária da população. Somos a 9ª economia do mundo, mas ocupamos apenas a 42ª posição no ranking da OCDE de prêmios de seguros sobre o PIB”, destaca Edson Franco, presidente da Fenaprevi.

O executivo reforça que o setor precisa diversificar ainda mais as soluções ofertadas. Para isso, aposta na regulamentação do Seguro de Vida Universal, que já é um modelo consolidado em outros países. “Esperamos que esse produto esteja disponível para os brasileiros já em 2025, ampliando o acesso à proteção financeira”, acrescenta Franco.

INDENIZAÇÕES PAGAS - Outro dado relevante do estudo aponta que, em 2024, os segurados receberam R$ 16 bilhões em indenizações, um crescimento de 6,0% em relação ao ano anterior. Desses pagamentos:

  • 53% foram referentes a seguros de Vida (individual e coletivo);
  • 22% ao seguro Prestamista;
  • 11% ao seguro de Acidentes Pessoais.

Dentre os produtos, o Seguro Viagem apresentou a maior alta no pagamento de sinistros, com 46,7% de crescimento. O Prestamista teve aumento de 27,6%, seguido pelo Vida Individual, com 25,8%.

Para Edson Franco, a conscientização sobre a importância do seguro é essencial para ampliar o acesso a esses produtos. “O setor segurador já oferece soluções para garantir segurança financeira em momentos críticos, seja na aposentadoria, em casos de doença, invalidez ou até mesmo morte prematura. Precisamos fortalecer essa cultura de proteção no Brasil”, finaliza.